Desde a briga matinal com a garota ela não compartilha da minha amizade via msn. Quando deu umas três da tarde, eu avisei: abriu um buraco no chão. Ela não me levou a sério.
O buraco tava no chão e mandaram a gente embora do trabalho. Fui. Meu pai tava na minha casa. Do lado da minha casa tem uma igreja. Nessa igreja tem cantoria, e desde que eu me mudei, há um mês, ele fala que quer ir no raio da igreja. Fomos. Mulheres de um lado. Homens de outro. Mulheres com um véu branco na cabeça e uns vestidos de viscose estampada. Todas. Não é bem uma igreja, é uma espécie de cozinha de Jesus. O moço que prega resolveu que ia ler uma parada na bíblia. Nesse momento eu tava me lembrando da outra experiência com esse tipo de assunto. Jesus. Já estive numa dessa com a mãe de uma amiga. Era mais agressiva. Os envelopes pra botar a grana ficavam em cima da cadeira em que sentam os irmãos. Pensei até que eles podiam já botar os envelopinhos do Bradesco pra facilitar na hora do depósito. Dinheiro na continha do Senhor. Mas voltando ao moço que resolveu ler a bíblia. Ele resolveu ler a bíblia. Lucas, versículo 24. Ok. Aí a irmã, sentada ao meu lado, saca uma bíblia para que eu lesse e me entregasse a Disus. Ai eu olhei pro meu pai. Ele também tinha ganhado uma bíblia. O moço começou a pregar. Ele era bem ruim. Na igreja da mãe da minha amiga, eu quase me converti. Nessa não. Nessa hora eu olhei pro meu pai, e, glória deus, amém irmãos, ele fez o caminho da rua com a sobrancelha.
Ai a garota me ligou pra falar que tinha visto que o buraco era mesmo um buracu, quase infinito e profundo.

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