Estou de volta. Tudo bem, tudo sob controle, tudo em ordem. Feliz ano novo.

Minha residência era, até ano passado, isenta de IPTU. Este ano não mais.
Pagar IPTU, na minha cabeça, é coisa de adulto. E francamente. Não me encaixo em tal categoria.

Se eu fosse vereadora apresentaria um projeto de lei onde só pessoas com maturidade comprovada seriam obrigadas a pagar tal encargo.

No mais, devo dizer que não pára de chover há oito dias. Ou seja, desde o dia em que a garota resolveu comprar biquinis. Ainda dá tempo de devolver os biquinis e salvar o carnaval da maioria das pessoas desse país. Sangue de Jesus tem poder. Biquini no armário da garota também.

Primeiro, porque ele tinha a minha idade.

Segundo, porque ele cantou "Can't take my eyes off of you" em "10 Coisas que eu Odeio em Você".

Terceiro, porque ele era o coringa. E eu achava tão genial ser ele o coringa.



E mais um monte de razões. Um tantão de razões.

So fucking sad. Really, really.

Então. Tá tudo difícil pro lado de lá. O que torna as coisas difíceis pro lado de cá. Porque é assim que amizade funciona.

Mas a garota pediu, e eu resolvi acatar. Alguém precisa sustentar o blog. E ontem nós fomos comprar biquíni. O que precisa de um parágrafo inteiro pra introdução.

Eu não tomo sol. Não tenho marca de biquíni. Moro no Rio desde 1999, e aquele foi o único ano em que acabei cedendo e fui à praia. Era setembro, me lembro bem. Fui com as meninas da faculdade, no fiesta roxo da fernanda. Prainha, ali depois do recreio. Pra quem é do Rio, isso já diz tudo. É a praia dos surfistas, dos mais alternativos, seja lá o que isso for. Tem uma serrinha com uma vista linda pro mar, e tem número certo de pessoas permitidas para passarem por ali todo dia. Preservação da natureza, sei lá. Chegamos, sentamos e choveu. =]

Depois, em 2005, Madame e eu, acompanhadas de mais uma amiga, fomos mergulhar na região dos lagos. E, se eu bem me recordo, eu precisei passar pela praia quando me dirigia para o barco que nos levaria ao local do mergulho. Tomei sol nesse dia, fiquei com uma marca muito da fraquinha, que durou poucos meses no corpo. E sumiu. Desde então, não há registros de madame ç em ambiente arenoso ou ensolarado. Os biquínis que sobraram da aventura subaquática desfizeram-se na gaveta, solitários, deprimidos.

E desde então, madame t insiste que eu tome algum sol. Diz que faz mal, que meus ossos devem estar fracos, que essa cor amarelada é horrível, que eu estou sempre pálida. Não se abate com os meus nãos, e insiste que eu vá para a piscina, para a praia. Ela e a Frá. E eu desconverso. E meio que torço para que chova, e que elas vejam seus argumentos serem dissolvidos na água que cai do céu. E é OBVIO que é uma incoerência eu morar no Rio, bem perto da praia. Eu gosto de saber que toda aquela beleza está ali, veja bem, e que eu até poderia ir lá se quisesse. Há a opção. E eu escolho ficar em casa, ou no shopping, em ambiente asfaltado e refrigerado.

Mas então ela esgotou os meus argumentos. E pode até ter sido por causa das minhas férias recém começadas, ou do branco das minhas pernas nos vestidos que o calor me impõe, mas eu disse, então, que iria comprar um biquíni. E ela se prontificou a me ajudar, e eu saí da loja não com um biquíni, mas com dois. E um cartãozinho de fidelização com a loja de moda praia, com direito a mailing com promoções especiais e sachet de protetor solar. E eu não me lembrava que biquíni é tão caro se a gente for considerar o tamanho reduzido de dois cortes de lycra. Mas eles eram fofos, de bolinhas coloridas, e eu não conseguia escolher. E fiquei com os dois. E agora eu tenho que fazer o break even disso tudo, e realmente me vejo obrigada a usá-los.

E algo me diz que isso vai render post por parte da outra madame. Porque ela adora se divertir às minhas custas. E, cá entre nós, eu dou todos os motivos do mundo para isso.

Tá tudo tão difícil.

Uma coisa que deve ser considerada: a garota comprou dois biquinis de bolinhas ontem. Claro que amanheceu chovendo.

Agora, garota, segura esse blog até que eu volte.

Até. =*

sobre a frá

Quando me perguntam quem é a tal da Frá, eu respondo: é a minha amiga que é uma coisa. Que é incrível. Você vai adorar ela, eu digo. E por mais que eu exagere muito na explicação de quem é a Frá, fica faltando adjetivo.
A Frá é a minha amiga. É a coisa mais rica desse mundo. É a irmã do meio. A Frá é a minha amiga do samba. Só a gente sabe que camarão que dorme a onda leva, que hoje é dia da caça e amanhã do caçador.
A Frá, como eu, mas de um jeito que é só dela, fala com todo mundo pela rua. A Frá, como eu, fala alto. A Frá, de um jeito que é só dela, canta músicas trocando a letra por piadas idiotas, mas que do jeito dela, funcionam perfeitamente. A Frá, assim como eu, adora as tias velhas. A Frá, de um jeito que é só dela, espirra desesperadamente quando o tempo vai mudar. A Frá, de um jeito que é só dela, e diferente de mim, tenta disfarçar que morre de ciúme, mas não consegue.
E então a Frá comprou o cd da Teresa Cristina. Disse que gravaria e mandaria junto com uma carta. Aí, eu, que já tinha o cd, fiquei quietinha, na encolha, porque eu queria a carta.
Falando em carta, em cartão, em coisas por escrito, a Flávia é a maior escrivinhadora de cartões e cartinhas e bilhetes do mundo.
Ontem eu cheguei em casa e tinha um envelopinho pardo colado na porta, pedindo pra entrar. Era a Frá e a carta que eu queria. E o cd que eu já tinha. E no final da carta, coisa mais linda do mundo, dizia que era pra eu ligar àquela hora. Eu óbviamente obedeceria, não obedeci, por conta da hora. Já era tarde.
Na carta ela não disse. Disse um monte de coisas pra me distrair. Falou um monte de coisas pra desviar minha atenção. Mas o que eu li na carta, que não estava escrito, era assim: niniiiiiiiiinha (de um jeito que é só dela), eu sei que você tá aguniada, mas fica tranquila, vai dar tudo certo, eu to aqui. E ela fez isso numa carta provavelmente escrita com caneta bic. Foi até uma agência dos Correios pra chegar mais perto. Não tem nome pra tipologia que ela usa. É dela. É ela. Frá Rounded True Type 14. Uma letra grande e arredondada.
Era um carinho. Porque nosso amor é assim. Ela não precisa dizer. Eu entendo tudo que ela não diz. Eu entendo muito de Frá.
E a Frá é sorte. Muita sorte.

tem não

Não mulheque, tem trocado hoje não. Passa amanhã.

obs: circo pegando fogo.

sorte

Sorte. Eu acho essa palavra linda. Tem até uma menina no orkut que tem a palavra sorte tatuada no pé. Mas isso não quer dizer nada, tem de tudo no orkut. Isso serve pra demonstrar como as informações funcionam na minha cabeça. As informações andam de bate-bate aqui dentro.

Voltando à sorte. Ultimamente tenho escutado muita gente me dizer que eu tenho sorte. Ah, mas a Madame?, a Madame tem muita sorte! Naquele sentido bem eca de desmerecer o meu esforço. Não que eu seja esforçada e blá blá blá. E só eu sei o quanto eu ficava puta com isso. Dizia que sorte era o caralho, que eu sabia exatamente quanto tinha custado toda essa sorte e blá blá blá de novo. Soltava os marimbondos.

Nesse momento em que eu soltava os marimbondos, todos os marimbondos do mundo, meu pai sempre falava assim: "mas e daí que você tem sorte?" Sorte a gente tem que ter. "Tem que ter estrela garota". Ele fala assim mesmo. Desse jeitinho. E complementa: "Napoleão não levava pra guerra soldado azarado".

Mas vocês sabem, né? Viver é mudar de idéia. E agora eu concordo muito quando me dizem que eu tenho sorte. E tive sorte de ter nascido num dia primeiro. Eu tive sorte de ter nascido espertinha. Eu tive sorte de ter nascido de olho verde. Eu tive sorte de ter pai, de ter mãe. Eu tive sorte dos meus pais sempre terem me deixado ter gatos, cachorros, periquitos e papagaios. Sorte de ter podido fazer ballet. Sorte de achar o ballet infinitamente mais legal que a lambaeróbica na acadimia. Sorte de nunca ter tido dúvida sobre o curso que eu faria na faculdade. Sorte de conhecer Paris. Sorte de ter escolhido amigos incríveis. Sorte de não detestar segundas-feiras, sorte de gostar de trabalhar. Sorte da minha mãe ter sempre corrigido meus bilhetes todos, onde eu pedia o dinheiro do ônibus pra ir pro ballet. Nesse momento ela teria riscado o pro ballet e colocado um ao ballet. E teria devolvido o bilhete em cima da mesa. E teria pedido pra que eu corrigisse. Sorte, sorte, sorte. Sorte pra um post sem fim.

Então é isso. Eu tenho muita, muita, sorte. To até pensando em tatuar, como a menina do orkut, sorte. Na testa.

lembrete

Eu quero escrever sobre duas coisas. Quero contar a minha última ida ao salão para fazer as unhas e quero escrever sobre sorte.

Eu tenho que descer pra almoçar com clientes em sete minutos e esse post é só pra eu não esquecer de escrivinhar sobre esses assuntos depois. E pra dizer que eu não gosto de almoçar com clientes.

Fora isso, vocês acreditam que eu ainda estou masterplusmegahipersuperultra gripada?

Bjomeliga.

cabeçuda

Agora que o blog tá bonitão, ela me manda essa belezura. Esse chuchuzinho. Essa gracinha. Esse docinho de goiaba. Aguardem. Isso aqui vai virar uma galeria. Praticamente um moma online.

Ahá! Por essa vocês não esperavam, hein minha gente? Pois é, contratei um serviço de dedetização para apanhar o ratinho que andava roendo o código do html deste blog. Era tão simpatiquinho o ratinho, tão faminto, não matei não.
Agora dá até gosto de escrever, não é mesmo? A garota ainda não viu. É uma surpresinha.

Sempre trabalhando para melhor atende-los.

Almocinho =)



1) Mãe, sim, estou comendo direitinho.
2) Já posso casar.
3) Francisco, o Chico, é o nome do ursinho.
4) Chico achou muito bonito, mas achou sem sal. Eu disse que era de propósito, que sal faz mal, mas eu menti. Faltou sal.
5) Falta alguém na cadeira da frente.
6) Enquanto não aparece o cidadão, sigo adorando-me e paparicando-me na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.

: )

obs: aceitamos encomendas. buffet da madame. coisa fina.

A garota anda postando tão pouco que eu fico até com pena de postar em cima, mas navegar é preciso. Eu combinei, devo ir até o fim. Se bem que eu acho que vou pedir pra sair da brincadeira na semana que começa no dia vinte deste mês. Vai ser uma semana pros caveira. Na minha vida. Vou ter que deixar de ser moleque.

Mais um sábado repleto de mim. Free refil. Eu sou enjoativa. Mas até que tá bom. Tô quieta. Ouvindo música de qualidade. Lendo bobagens sem fim na internet. Contrabandeando direitos autorais. Organizando meu delicious. Tomando matte leão. Tentando me distrair.

Sigo aqui no meu sofá. Aquele do sol. Respirando azul. Soltando lilás.


Criança tem umas coisas engraçadas. Quando eu estava no pré-primário, sei lá, me lembro de um dia, especificamente, em que a professora estimulava as criancinhas – eu entre elas – a dizer todas as cores que o céu podia ter. Enquanto cada um falava, ela escrevia no quadro negro. Todos os azuis foram se acabando, ficaram os cinzas, acabaram-se, falaram do preto, do branco, das cores. A lista ia ficando grande. Eu tinha um trunfo, ia dizer a cor que todos haviam esquecido, que era minha, a cor do céu ao entardecer. Eu levantei o dedo, e esperei pacientemente a minha vez. A professora olhou, apontou para mim e me deu a palavra. E eu disse, bem alto, cheia de certeza: “cor de rosa!”.

Seguiu-se uma gargalhada geral, e eu me encolhi na carteira, encabulada. A professora riu, e disse, com mais certeza ainda: “Não, (madame ç), eu quero que vocês me digam cores que o céu pode ter! O céu não fica cor de rosa.”. Minha voz meio que sumiu, acho que por causa das gargalhadas das outras crianças, e eu desisti de insistir, envergonhada. Um garotinho louro que não vejo há mais de 20 anos, Paulo César, me defendeu. Disse que o céu ficava rosa sim, principalmente em fim de tarde e quando tinha muita poluição, o que era exatamente o caso da cidade siderúrgica onde eu cresci.

Essa história nunca me saiu da memória. E toda vez que eu vejo um céu cor de rosa, eu fotografo.

Tipo esse. E esse.








Vamos então ao post do dia. Enquanto a Velma patina no desafio e a garota sócia deste blog, perde significativa quantidade de ações e perde participação, vamos em frente.
Hoje cedo fui à uma reunião onde encontrávamos descendentes de japoneses. Aqui em SP é assim, japonês pra todo lado.
Então, olhando pra japa que se sentava à minha frente, resolvi a questão do post do dia. Queiram me desculpar, mas é mais um dos meus achismos.
Bom. Acredito que vocês já saibam, afinal já teve até anúncio da Semp Toshiba falando sobre isso. Em geral os japoneses são mais inteligentes. De forma geral. Não, caro leitor, não quero dizer que os japoneses são mais inteligentes que você. Digo apenas que a média dos japoneses me parece ser mais inteligente que a média de nóstodosjuntosnaunião.
E me parece óbvio o porquê. Vejam bem. No Japão não há muito espaço físico. As pessoas se amontoam. No Japão encontramos o maior índice de suicídios. Suicídios estes, que no Japão, são causados por perda de dignidade na sociedade. É muito comum que os japinhas que não passam no que seria o nosso vestibular desistam da vida. Isso acontece bastante.
Ora, pensem cá comigo. Os que passaram, teoricamente mais inteligentes, entram na faculdade, encontram uma tchatcha ou um tchatcho, e se reproduzem. Os menos abastados de massa encefálica, desistem de viver, afinal, falta espaço para os indignos.
Donde podemos concluir, que os japababys, nascem cada vez mais e mais inteligentes. E isso é Darwin minha gente. Evolução Natural.

Tanto é verdade, que São Paulo é a maior cidade deste país. Onde estão os Japas?

Então é isso. Arigatô.

Acho que esse papo de que Deus castiga é verdade. Foi só eu fazer má criação aqui embaixo que fui terrivelmente abatida por uma gripe. Uma gripe que mais me parece dengue. Acho também que não há nome pior para uma doença do que dengue. A fonética de dengue é horrorosa. Você fica mais doente do que normalmente ficaria com uma palavra tão erradinha desafiando seus leucócitos.
Outra coisa que eu percebi, é que tenho achado coisas demais nessa vida. Acho isso, acho aquilo, acho pra cá, acho pra lá. To me achando, hein? Que coisa mais chata. Que comportamento mais inadequado. Vocês devem estar me achando chata.
Aproveitando que eu tenho estado nesse clima, devo dizer pra vocês que eu achei ótimo o cabelo novo da Amy. E que eu acho sinceramente que eu vou desmaiar nas próximas horas.

Desculpa Disus, perdoa vai. Deixe-me viver é o certo. Mas me deixa viver? Juro que paro com isso.

obs: post em cor de doença.

Sobre resoluções de ano novo. Tenho um parecer sobre o assunto. É coisa de gente que não quer porra nenhuma com a hora da verdade. Porque vejam bem. Vai totalmente contra aquela máxima "não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". E nesse caso, não é deixar para amanhã, é deixar para o ano que vem.
Ou seja, se você é uma dessas pessoas que faz listinha de coisas que você vai passar a fazer a partir da virada do ano, esteja certo que você é uma pessoa preguiçosa, acomodada e com quem eu não quero ter contato. Não me identifico com você. Acho você chato.

obs: bem capaz de eu achar você legal, mas é que eu gosto de radicalizar.
obs 2: a garota tá me criticando, falando que pode parecer indelicadeza da minha parte, bla, bla, bla, whiskas sache, e ela ta certa. Acho que perdi um pouco a mão. não acho você chato por completo, acho você só chatinho.

Cacetada. Pombas. Putaquiuspariu. A Velma é a maior traíra. E a maior pela saca, as well.
Foi só eu me meter a besta de me aventurar entortando todo o html desse blog, que ela vai lá e muda também. Só que com muito mais habilidade. Viada.
Fora a manifestação da minha revolta, gostaria de comunicar a vocês, que em mês de aniversário dos blogs gêmeos, teremos posts diários até trinta e um de janeiro.
A garota maldita que dupla comigo por aqui não encarou. Não é caveira. Mas é nóis na fita mano.
Não serão necessariamente posts bons, mas serão posts, assim, enrolação, tipo esse.
Adoro enrolar leitores.

E então a Mary linkou pra cá, hein? Vocês que leêm a Mary não vão gostar dessa porcaria aqui não. A gente não tem nada a dizer. Mas quando o assunto é bobagem, é com a gente mesmo.
Fora isso pessoal, voltem sempre. Be always welcome.


Bate sol no meu sofá.
Tá tudo tão complicado na minha vida que a minha cabeça deu um nó.
Mas bate sol no sofá. E é nele que eu fico, sentada, me remoendo, até que o nó desate.
Tudo se derrete no sol.

Madame T. diz (01:00):
tem um embore no meu post e vc nao me falou nada

Madame T. diz (01:00):
nao existe embore

Madame Ç diz (01:00):
falta uma crase no meu

Madame Ç diz (01:00):
vc escreveu embore como embore?

Madame T. diz (01:00):
ééééé

Madame Ç. diz (01:00):
achei que era erro de digitação.

Madame T. diz (01:01):
deve ter sido

Madame Ç. diz (01:01):
MEODEOS

Madame Ç. diz (01:01):
poe no seu about me de orkut: eu crio palavras

Então vamos às novidades. E se eu contar pra vocês que eu fui à igreja com meu pai e com a minha tia e que eu, na ilegalidade total e completa, comi uma hóstia?
E se eu contar pra vocês que embora eu ache completamente idiota essa catarse que acontece no mundo em função do reveilão, da passagem do ano etc e blá, eu acho fundamental, uma coisa meio espanta dragão, com o barulho dos fogos?
E se eu contar pra vocês que eu alterei esse template na madrugada, sendo que eu nada tenho de nerd, e vocês não falaram nada?
E se eu disser que eu tenho a maior curiosidade de saber quem são vocês todos? E se eu contar pra vocês que eu estou convencida que arial é a melhor tipologia para escrita corrente, assim, tipo essa aqui agora, contrariando o carinho que um dia eu tive pela verdana?
E se eu contar pra vocês que eu acho a maioria dos blogs mais do mesmo? É tudo gente como a gente. Tava todo mundo falando de fim de ano no fim do ano, de início do ano no início do ano. Sei lá.
E se eu contar que vai ter festa de aniversário do blog? Junto com o blog da Velma? E se eu contar que nossos blogs são do mesmo dia e a gente nem se conhecia?

Nada acontece. Contei tudo isso e a única coisa que realmente vai acontecer, ou não, é a festa de aniversário do blog.

E já que é mais do mesmo: feliz ano novo. Viva o ano par. Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu. =)



Prezada senhora, querida Mary W.

Venho por meio deste post fazer um desabafo. Como eu já disse por aqui, como muitos sabem, eu leio seu blog há muito tempo. Acompanhei cada troca de link dos últimos, sei lá, 3 anos. Me conformei com cada apagar de histórico e com a falta da possibilidade de reler textos que eu considerava tão bons. Ok. O texto é dela, eu pensava. Ela apaga e eu fico com a certeza de que, ainda que me seja negada a chance de reler os antigos, novos bons textos virão.

Só eu sei o trabalho que me dava minimizar a tela para que ninguém visse a foto da Mari Alexandre no seu template. Eu minimizava e continuava a leitura. Aprendi sobre a CPMF, que antes eu achava um imposto absurdo, mas que depois do seu texto, comecei a entender por outro ângulo. Achei muito impressionante mesmo que você conhecesse os quadros do MASP, e pudesse, inclusive, dizer qual deles roubaria se tivesse a chance. Ladrão idiota, não entende nada de história da arte, se distraindo com cifras, imaginem. Eu gostava especialmente dos seus textos sobre filmes, sobre Big Brother e sobre a faculdade. Acho que um dos textos mais legais que li foi sobre o último dia que você deu aula para a aluna metaleira e que, quando ela perguntou se haveria alguma outra matéria que ela pudesse fazer no próximo período, você pensava que ela havia sido o motivo de ter havido sociologia, naquele período que terminava. Teve também aquele que um aluno maluco se declarou na saída de uma festa, e do vexame que foi ser pega em flagrante apanhando de volta o seu cigarro pela metade no vaso de planta. Os posts sobre alunos, que delícia de ler. Sobre o aluno que perguntou sobre os reais motivos de Jesus ter se “suicidado”, e etc.

Teve o dia que você comentou aqui no blog, e a outra garota me ligou lá de São Paulo pra contar, mas eu estava na rua e não podia ler. E então ela leu. O dia em que fomos linkadas, e que ganhou até post. Agora, de vez em quando, você aparece por aqui, e eu contabilizo quais tipos de post geram mais comentários. A garota te responde, vocês quase estabelecem uma conversa. Eu costumo acompanhar, apenas. Dificilmente leio os comentários do meu próprio blog, não lia os do seu.

Não sei qual foi a polêmica, quero perguntar, mas nem acho que essa resposta faça diferença. Fui lá no seu Orkut dar uma espiada, vi várias pessoas pedindo desculpas, meio em tom de brincadeira. Todos querendo que você volte. Eu também quero. A garota disse que você não volta, mas eu preciso reunir alguma esperançazinha de que ela esteja errada e que você não agüente, que blogar tenha se tornado mais que um hábito, um vício. Foi por causa da promoção? O novo trabalho vai te tomar mais tempo, e isso com certeza iria prejudicar o blog. A garota lá de São Paulo parou por um tempão quando virou chefa. Eu não virei chefa de ninguém, não posto por sem-vergonhice mesmo. Preciso de assuntos, ando reclamona por demais, batendo todos os recordes. E, sabe como é, convinha dar um tempo.

Mas, voltando ao assunto, que não é por causa dos meus posts que eu estou aqui. É por causa dos seus. Sim, senhora Mary W. Eu bem acho que a senhora vai acabar criando um outro endereço, e que só vai querer passar pros amigos. Eu não me incluo na categoria amigo, e temo ficar de fora. Isso eu não posso admitir. Cerquei o Klein no MSN, implorei que se ele soubesse do seu novo endereço, se houvesse, quando houvesse, que ele me passasse. Ele disse que 1) se você fizer outro endereço e 2) se você quiser que seja público, ele me daria. Tive de me recolher a minha insignificância de mera leitora, desconhecida.

E então, meio que por hábito, meio que por vício, todo dia eu clico ali nos meus favoritos, e vejo a tal página azul, com a informação “para ler no trabalho”, e a foto dos túmulos. E passo o mouse no ultimo texto, procurando um link escondido, que me leve ao novo endereço, aquele que nem existe. Você já deve estar contabilizando a diminuição das visitas, mas eu te garanto que a minha continua.

PS.1: Post datado. Já existe um link feliz, bem otimista, dando uma pista de pra onde a senhora foi. Vou fingir que não prestei atenção naquela parte que fala de comentários apenas e tão somente sobre Big Brother. Vou contar que ele acabe virando o que era o outro, de cara nova. Porque eu acho que os posts de uma Mary W chefa serão ainda mais legais. Eu conto com isso.

PS.2: Acabei de ver uma chamada com uma das participantes. Bianca, carioca, cheia de tatuagens. Bem clichezinho. Mas tudo bem. Aguardemos os próximos.

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