Sobre o Oscar

Tudo começou com uma piada do Ryan Seacrest, ainda nos comentários do red carpet. Celebridades indo e vindo e eu ali. Esperando o Johnny Depp. Todo ano, religiosamente. Ou ele leva a mãe, ou a mulher. E eu acho que essa tal de Vanessa Paradis deve ser mesmo algo fenomenal, porque ela pegou um cara absolutamente transtornado, e nem por isso menos interessante, e casou com ele. E lhe deu dois filhos, e amansou a fera. Falem o que quiserem. Isso eu respeito. Não tem ninguém nesse planeta que eu inveje mais, e que eu imagine mais como deve ser a vida. Vanessa Paradis.

Mas então o Ryan ia falando abobrinhas na tela da E!, e eu achando tudo muito bonitinho, mas sentindo saudades da Joan Rivers. Ela era devastadora no Fashion Police. Mereceu até imitação em Shrek 2, imaginem. Ryan dizia que 3 grávidas eram esperadas aquela noite. Contei nos dedos e algo me soou errado. Não seriam 4? Como que adivinhando a minha questão, ele contou nos dedos as 3 às quais se referia naquele momento: Jéssica Alba, Nicole Kidman e Cate Blanchet. E a Angelina, eu pensava... Ele disse: Angelina não vem, porque não foi convidada. Ela deve ter muito trabalho com todas aquelas crianças para vir aqui hoje.

Fiquei HORRORIZADA. Nem gosto da Angelina, mas COMO ASSIM ela não vai ao Oscar? Como assim ela NÃO FOI CONVIDADA? Existem pessoas que não são convidadas para o Oscar? Não estou falando de Paris, que aquilo ali nem merece ser mencionado diante de um evento dessa catiguria. Angelina, por mais louca e ladra de maridos, é estrela. E não foi convidada. Ela ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Garota, Interrompida” e, alguns anos depois, nem convidada foi. Pensei que o Brad Pitt deveria ser, já que o Casey Affleck estava indicado por “O Assassinato de Jesse James” e, oh, Jesse James do título É o Brad Pitt. Mas não. Nem. Nenhum dos dois.

Comecei a pensar em todos os excluídos, todos os ignorados para a festa. É óbvio que existe um número predeterminado de lugares, e que estes lugares devem, necessariamente, ser preenchidos pelos casts dos filmes concorrentes naquele ano. Mas eu pergunto. Oscar é Oscar sem Julia Roberts? Sem Susan Sarandon? Sem Antonio Banderas e Melanie Griffith? Cadê o Tom Cruise exibindo a Katie Holmes? Como Mary W muito bem lembrou, cadê Gwyneth Paltrow? Charlize? Todo ano eu espero pra ver o vestido da Charlize. E nem vi ela por lá. Não vi Angelina e sua barriga, nem Brad Pitt, nem o Ben Affleck (sua mulher, Jennifer Garner, eu vi suzinha, ao lado de seu irmão, indicado). Matt Damon, cadê? Ultimato Bourne tava indicado, filme dele. Não vi Matt Damon. Não vi. Kate Winslet? Mesma coisa. Até Jennifer Lopez fez falta. Mas essa tem uma boa desculpa, teve gêmeos essa semana. Aposto que ela deve ter se matado com o péssimo timing. A Keira Knightley, alguém viu?

É como se toda uma nova geração de “oscarizáveis” surgisse, e tivesse de tirar o lugar daqueles velhos conhecidos de tapete vermelho. Quer saber? Não gosto. Não me lembro dos vestidos dessas mulheres que foram à festa. Essas pessoas não deixam impressão. Então, que voltem os antigos. Dessa nova geração eu mantenho apenas a Ellen Page. Que é muito brilho, com sua Juno McGulf. Coisa rica, como diria Ilminha.

De resto, esse Oscar fica marcado pra mim como o Oscar dos que não foram convidados.

E, claro, do Johhny Depp, que apareceu no tapete de óculos de armação redonda de tartaruga. Muito amor no coração.

Sem mais.

Você, que é nerd, que lê esse blog, que mora em SP, que estará em SP no dia 28 de fevereiro, que gosta da Britney, que não se importa com as bobagens todas que eu digo aqui, você, então, está convidado.
Convidado para meu aniversário. Você, que é nerd e que lê esse blog, deve estar se perguntando: vai comemorar num dia par?
Aham. Foi o que deu. A idade faz isso com a gente. Faz com que a gente se torne mais tolerante. Inclusive com os dias pares.
Vai ser no único boteco sem nome na esquina da Rua Harmonia com a Rua Purpurina.

Pelo nome das ruas dá pra ver que vai brilhar.

Umas 20:30h.

See ya! =)




Até que um dia me perguntaram: posso comprar frutas pra Lene picar pra mim?

Eu que nunca fui mimada com frutas cortadinhas e eu que sempre achei que era abuso pedir coisas diferentes de lavar, passar e limpar para a diarista, nunca atentei para o que poderia vir a ser o milagre das frutas picadinhas.

Vocês sabem. Banana é a minha fruta preferida. Ela é tão facinha, tão docinha.
Devo confessar que nunca dei muita atenção para as outras frutas. Elas precisam de toda uma engenharia para degustação. Então, as frutas naturalmente apodreciam e restava em mim uma sensação de total incompetência logística de consumo de frutas dentro do prazo estabelecido pela natureza.

Até que me fizeram essa pergunta. E eu pensei.

E pedi. E a Lene, que merece um post todo especial, desde então, pica as frutinhas como todo amor e carinho. Ela é especial porque faz as coisas com carinho. Ontem ela deixou um bilhete dizendo que deixou o ferro de passar cair no meu carpete e dizendo também que cortou a mão.

Acho que ela disse que cortou a mão pra que eu ficasse penalizada e nunca mais pedisse tanta picação. E pra que eu não ficasse chateada com a tatoo de ferro de passar que o tapete do meu quarto ganhou.

Desde que acordei estou tentando falar com a Lene. Estou deveras preocupada com a mão dela. E não há nenhuma chateação com a tatuagem no carpete.

Eu sei. Frutas picadinhas pela diarista é demasiado terceiro mundo.

Vou refletir sobre isso comendo melancia.

:P



No último Natal, Velma me deu um livro e um cartão. Eles moram hoje em cima de um dos mini-movéis que compõem minha mini-casa.
No último carnaval, Yara me deu uma pulseira e um keffieh. A pulseira não sai do meu pulso desde então. O keffieh promete virar segunda pele assim que eu precisar de mais uma.

Essas são as duas meninas mais charmosas do pedaço.

E eu. Bom. Eu sou a mais sortuda da galáxia.

=)


Coisas que eu queria ter dito e não disse por falta de tempo:
- por mais que eu não esteja acompanhando esse bbb, me julgo no direito de dizer que não estou gostando.
- que mané bigphone? que mané paredão triplo?
- queria ter dito que eu vou fazer vinte e seis anos de idade e que isso, ao meu ver, é muita idade.
- queria ter dito que eu não sei mais escrever normalmente. Só em bullets.
- queria dizer que eu não sei dizer bullets em Português.
- eu sei que é feio não saber como se diz bullets em Português.

No mais é isso. Sei lá. To esquisita.

Não tenho falado com a garota direito. Da última vez que falei, ela estava com muitas doenças graves. Cortou até a coca-cola.

Tá tudo bem na minha vida. Não tenho reclamações a fazer. Acho que essa sensação de esquisitice é coisa de ano par.

Eu desenvolvi uma mania horrível de repetir a palavra “então” nos meus textos. Estava relendo alguns e quase não acreditei. Eu pego fácil essa mania de repetir palavras específicas. Acho que posso dividir algumas das fases da minha vida pelo tipo de palavra na qual eu estava viciada naquele momento.

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Daqui a pouco a garota começa a falar que eu não escrevo. Não é que eu não tenha assunto. Tem alguns. Mas dá preguiça escrever, e eu sempre tenho a sensação de que eles vão acabar ficando chatos, ou que eu vou acabar entrando em algum assunto complexo ou comprometedor. E, call me crazy, mas eu tenho a sensação de que tem gente do trabalho lendo isso aqui. E os meus assuntos que renderiam as melhores histórias teriam esse pano de fundo. O trabalho.

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Pensei em fazer outro blog. Cheguei a criar, um que fosse bem anônimo, sem link no Orkut ou qualquer coisa que me identificasse. Ainda não abortei por completo a idéia. Como esse blog é em conjunto, às vezes eu fico na dúvida sobre quais temas seriam apropriados. É como se você dividisse a casa com outra pessoa, uma roomate. Você colocaria um quadro ou um sofá novo na sala sem perguntar antes? Não. Eu, pelo menos, não. E eu não quero cair em amenidades. Pelo menos não SÓ em amenidades. Algumas das coisas que eu escrevo e que eu mais gosto estão guardadas no computador, sem nunca terem sido lidas por mais ninguém. Preciso entender melhor o funcionamento de tudo isso. Saber o que escrever. Porque eu acho que qualquer blog cria uma espécie de personalidade. E que depois de um tempo, algumas coisas perdem o sentido se não estiverem de acordo com o resto.

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No mais, aprendi a fazer chover. Basta comprar biquínis. Um novo poder, recém-descoberto. Aceito encomendas.

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Enfim. Voltei das férias.

Eu não sou um poço de animação nesse carnaval. Acho que é a idade, o IPTU e esse tipo de coisa. De gente esquisita da cabeça. De forma geral tá tudo bom, bom, tudo muito bem, bem.
Estive aqui mais cedo, mas não saiu uma linhazinha sequer. Até agora.

Quando eu acabei de ver a porta-bandeira. E é óbvio que se eu tivesse nascido na comunidade, numa comunidade qualquer, eu ia querer ser a porta-bandeira. É muita classe. É muito queixo pra cima. É a posição mais garbosa do samba. É lindo. My number.

Tem gente que gosta de ir em carro alegórico. Tem gente que gosta de empurrar carro alegórico. Tem gente que gosta de ir nas alas, misturados, na união. Tem gente que gosta de ir pelado. Tem gente que gosta de ir tocando instrumentos na bateria. Tem gente que gosta de ir sambando na frente da bateria. Tem gente que vai cantando e puxando o samba.

Eu sou o tipinho de pessoa que leva a bandeira. Toda metidinha.

Blog querido: feliz aniversário atrasado.

Blog da Velma: feliz aniversário atrasado.

Pra você que faz aniversário hoje: feliz aniversário.

Pra mim, que faço aniversário daqui há um mês: memória.

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