Música para os meus ouvidos

Dia 4 é par. Meu dia. Eu sei disso. Ia deixando pra hoje, dia 5, as usual, pra escrever no dia da garota e dar mais motivos ainda para reclamações. O grande problema é que domingo não é um dia assim muito cheio de assuntos. Segunda é. Sempre.

Fato é que cheguei ao trabalho e algo inédito se assucedeu. Música. Música para os meus ouvidos. Acontece que há meses, nos intervalos das minhas reclamações sobre o ar-condicionado gélido, eu reclamo da falta de som no meu computador. Todo mundo escuta música, menos eu. Condenada ao silêncio, a barra conteúdo fica ali, tentando se distrair do barulho dos outros. Pra alguém com DDA, ser condenada ao barulho dos outros é a morte, o horror. Distraída, sem conseguir me concentrar, eu acabo distraindo os demais. É óbvio que a conversa rende. Eu falo pra caramba, e se alguém cair na besteira de me responder, ou simplesmente olhar pra mim, este pode ser um caminho sem volta. Geralmente é.

Então, hoje, música. Com fones, imaginem só! Tem até controle do volume do som no fio. Muito brilho. Brilho puro. Eu adoraria acreditar que ganhei música porque meus co-workers se preocupam com o meu bem-estar, e porque eles querem que eu não me sinta excluída, e porque é sempre muito bom fazer alguém feliz. Um presente por ser uma boa pessoa, sabe? Pois acontece que eu não sou uma boa pessoa, e provavelmente eu incomodo falando muito, e me distraio, porque, como já disse, sou condenada ao silêncio. Era. Agora, com música e fones, fico quietinha.

E daí que eu sou distraída? O meu trabalho é feito, bem feito. Sou multimídia, consigo falar, escrever, trabalhar e ler ao mesmo tempo. So sorry. Problema dos outros se eles não são. Mas valeu o presente. Ô, se valeu. Elvis me fez companhia o dia todo.

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    Texto chato. Sem mais,
    Mme. Cedilha said...
    1 a 0 para ana luiza

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