Se ela dança, eu danço.

Declaro aberta a seção “Se ela dança, eu danço”. Também me confesso.

Confesso que já comi hóstia, só pra saber como era, sem ter feito primeira comunhão e sem ligar a mínima para o que aquele sacrilégio representava.
Confesso que rezei e acreditei em Deus boa parte da minha vida. Confesso que não acredito mais.
Confesso que não tenho passaporte, e que nunca saí do país. Shame on me.
Confesso que reclamo a maior parte do tempo, e que meu copo está sempre meio vazio.
Confesso que odeio gente meiga, odeio gente burra e gente boazinha. Confesso que sou maldosa, e às vezes meio sádica. Confesso que sou extremamente rancorosa e meio moralista.
Confesso que pequenas coisas salvam o meu dia, como comprar um cubo mágico ou um rodinho de pia. Descobrir um seriado novo, receber um telefonema daqueles que duram horas ou dormir no sofá, entediada.
Confesso que também gosto da Wanessa Camargo, enquanto pessoa, mas acho a musica dela um lixo. Confesso que sei cantar aquela música da Perla, do “não atende o celular”. Confesso que amo Big Brother, e que torcia para o Alemão, mas não torço mais. Agora é Fani. Uhunoviguaçu.
Confesso que penso em inglês, às vezes. Confesso que travo brigas imaginárias com pessoas com quem não consigo brigar pessoalmente. Confesso que algumas músicas da Britney e dos Backstreet Boys são brilho puro. Confesso que sabia a letra de várias músicas do Só Pra Contrariar e que já fui a um show da Ivete Sangalo, quando ainda não tinha personalidade, e que me diverti horrores.
Confesso que me acho meio parecida com a Deborah Evelyn, mas não acho isso nem um pouco bom. Confesso que já roubei borracha nas Lojas Americanas, mas tive remorso depois.
Confesso que me apego cada vez mais a objetos. E cada vez menos a pessoas. Confesso que me acho meio sem-graça, mas que o blush e o rímel têm operado maravilhas na minha vida.
Confesso que choro sozinha, escondido. E rio também. Confesso que falo sozinha e me acho muito engraçada.
Confesso que acho que nunca vou conseguir aprender francês. Confesso que tenho medo de ser abduzida.
Confesso que imitei o tema da Ana Luiza.

5 Comments:

  1. Anónimo said...
    Isso de travar brigas imaginárias... cara, eu faço tanto. E o tanto que isso não é saudável não ta escrito, sempre que a gente não disse algo que deveria ter dito (e não podia ter dito). Ao mesmo tempo acho que é normal. Travar brigas imaginárias e não ser saudável.
    Anónimo said...
    Apenas não confessou ser como a Rainha. Like Helen Mirren, 'enquanto rainha'
    Anónimo said...
    vc já brigou imaginariamente comigo?
    rodavivA said...
    Super me identifico com as brigas imaginárias. Nesse momento especifico da minha vida queria tanto (mais tanto!) brigar com uma pessoa. Fico horas ensaiando, mas sou simplesmente incapaz.
    Anónimo said...
    sempre ganho minhas brigas imaginárias. Sempre. Um dia os vampiros ganharam, mas aí eles também dominaram o mundo né, e neste caso, quem sou eu contra os vampiros google ?

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