Eu sempre quis escrever sobre aviões, mas eu sempre achei que nada que eu escrevesse sobre aviões seria suficiente pra eu descrever a sensação que eu sinto. Adoro. Amo.
Eles precisam ter exatamente aquela forma pra sair por aí voando. A forma perfeita, exata. E a matemática exige: ele tem que ser assim.
Peço pra que me coloquem na janela. Não consigo entender como alguém prefere o corredor. É a negação da perspectiva.
Aviões são assim, levam a gente pra cima. Diminuem tudo que está embaixo.
Eu fico besta, com o rosto colado na janela, vendo os aviões indo para a pista da decolagem. Suas asas em riste, faróis ligados. Lindos, enormes. Tão arrogantes. Asas abertas, esticadas. Tenho a impressão de que eles ficam no estacionamento dos aviões encolhidinhos e quando chega a hora de voar, eles se aprumam.
Fico tristíssima quando um deles cai. Não pelas pessoas que estão dentro. É, eu sou assim. Enquanto eu não perder ninguém que eu ame num acidente de avião, ainda sofro mais pelos aviões que não souberam voar.
Eu gosto muito mais de avião do que isso aí que eu falei. Mas acho que dá pra ilustrar.

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