Um alguém chamado daniel disse que temos problemas. Claro que temos. Vários. Alguns uma por causa da outra e da nossa eterna história de implicância com coisas pequenas, quase que insignificantes. Outros de cada uma, que vira problema das duas quando uma das garotas se mete na vida da outra e passa dos limites. Outros que são realmente sérios, como qual é o BBB preferido, ou os reais motivos que nos levam a gastar pequenas fortunas em casaquinhos. Também já entraram em pauta o aquecimento global, o calor do Rio de Janeiro (que ela adora e eu odeio), a burrice de algumas pessoas que até têm potencial e simplesmente não desenvolvem. Como é que se escreve "à beça", ela pergunta. Eu respondo. "Como é que se escreve" é geralmente o início de conversas que beiram o absoluto nonsense, e que ao mesmo tempo fazem todo o sentido do mundo.

Também podemos falar mal, muito mal de algumas pessoas. Se, como se diz, uma dama não comenta, eu vos digo, senhores, que duas damas fazem um estrago. Também falamos bem, é verdade, ou discutimos os reais motivos pelos quais o Brad Pitt deixou a Jennifer Aniston pela Angelina Jolie, se a Shiloh Nouvel é ou não é mais bonita que a Suri, e se a Victoria Beckham come ou não come. Quando eu descobri que, na época da Copa do Mundo, ela fazia um regime à base de sashimis e abacaxis, adivinha minha primeira ação? Contar para a garota, óbvio. E isso rendeu linhas e mais linhas. Sempre rende.

Teve a conversa sobre ditados populares, sobre o efeito dos anos ímpares ou pares na vida de cada uma. Eu sofro mais nos anos ímpares, prefiro os pares. Ela acha os pares mais complicados, o que justifica a sua preferência por ímpares. Aliás, essa regra, mais uma, imposta por ela, de que cada uma assume um dia para falar alguma coisa, tem a ver com isso. E mais uma vez, é uma regra que eu obedeço. Porque quando a garota se irrita, ela fica chata, e isso dispara a pessoa chata que há em mim, e vice-versa. O importante é que a gente briga feio mesmo. Já aconteceu na esteira da academia, aos berros, no telefone, no msn. Dura cinco minutos, meia hora, às vezes até um dia, ou dois, ou três. Mas aí surge algo novo, que precisa ser debatido, como um novo emoticon que acaba de surgir, ou algum filme, ou fofoca. Ou um buraco que se abre no chão.

0 Comments:

Post a Comment



Mensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial