E a casa ficou vazia de novo. E o que estava atormentado, e o que ficou maior com menos espaço, volta a ser pequeno e vazio. Todo movimento de ida e de vinda tem me ferido de morte. Eu fui ferida de morte ano passado. Não morri inteira, mas morri metade.

Esse afastamento me custa muito. E fico pensando o que me motiva. Talvez eu precise da distância. Talvez eu precise ir morrendo aos poucos. Talvez eu precise ensurdecer no meu silêncio.

E nem um cachorro malcriado eu tenho. Minhas paredes de concreto me refletem.

Eu e eu por todos os lados. E só.

10 Comments:

  1. Anónimo said...
    Madame, já passei por isso com família, com amigos, com namorado... e arrumei o cachorro malcriado esse, e então as coisas ficaram melhores. :)

    Se você não quer jornais xixizentos e sapatos comidos, get a cat. Mas põe tela nas jalenas, que gatos se acham meio Chuk Norris.
    Mme. Cedilha said...
    If you get a cat, we will need to rethink our friendship. Seriously.

    E só por causa disso eu já tenho uma nova idéia de post. Me aguarde.

    Sim, vou voltar à história dos gatos e cachorros.
    velma. said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    velma. said...
    e é nessas horas que Alcione sacode as asas em cinzas no tumulo.

    vc podia ter praticado amizade com ela. perdeu playboy.

    =/
    velma. said...
    abre aspas

    Comentário excluído
    Esta postagem foi removida pelo autor.

    fecha elas.


    Que chato ele. Não se pode nem corrigir um errinho de escrita. =/
    Anónimo said...
    Talvez porque quanto mais longe estamos de certas coisas, mais as valorizamos. E aí todo um lance de achar o equilíbrio entre ter e não ter.
    Anónimo said...
    É precisamente isso. Quando se tem demais, fica banal.

    Quando se está longe os defeitos ficam menores, e sentimos falta - às vezes tanta falta que dói.

    Como disse sabiamente klein: achar o equilíbrio é a chave.
    Anónimo said...
    Ah, mas tem exceções... eu teria que viver três vidas pra começar a cansar da Praia do Dentista. A melhor entre as melhores.

    Nada a ver... mas é só pra dizer que tem coisas tão boas que não ficam "gastas".
    Ana said...
    equilíbrio é coisa de quem faz ioga.
    Anónimo said...
    se morgana pudesse ter filhotes eu te dava um dela. o mais raivoso que houvesse. aí em vez de ficar pensando em coisas ruins você ia ter que pensar em como fazer carinho nele sem que ele rosnasse. e poderia treiná-lo pra atacar a analista.

    beiço.

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